Perdemos tudo muito devagar. Tudo o que amamos está prestes a morrer.
Está sempre tudo prestes a morrer. A aflição vem em ondas de dor e de luto.
Lá onde o corpo fica excluído da compreensão, restam os lugares abandonados.
Lugares de memória abertos a outros acontecimentos, lugares de mutação à espera de uma transformada existência.
E depois da avalanche como tudo é tão frágil! Tudo está aí à nossa frente mas, no entanto, há histórias que não estão escritas em lado nenhum. Coisas de nada… Singularidades frustradas. Dissecar o mau estar de cada um de nós. Matar cada um de nós. Autopsiarmo-nos.
A repetição… a repetição… a repetição… sem fim como as ondas, como a vida e a morte ou o nascimento e a morte, o dia e a noite…
As dores.
Data: 19 Novembro de 2021
Local: Convento São Francisco, Coimbra (Ver no Google Maps: https://goo.gl/maps/kbQnVjiTr4kkCqFr5)
Companhia Olga Roriz
Direção e coreografia: Olga Roriz
Produção e digressões: António Quadros Ferro
Gestão: Magda Bull
Formação e Residências: Lina Duarte
Mais informações:
https://www.olgaroriz.com/pecas/autopsia/
Nota: Os eventos estão sujeitos a alterações. Por favor confirme com a entidade promotora.