"Evocar Francis Graça (1902-1980) é reconstituir os passos iniciais da dança profissional em Portugal. A sua ligação aos Bailados Portugueses Verde-Gaio, que funda em 1940, dirige e coreografa até 1960, tem turvado a percepção de um percurso artístico mais lato. O que impele Francis enquanto bailarino – e homem – naquele tempo e num país sem tradições na dança académica? Que nexos o acercam da geração modernista e do ideário da ditadura? Onde radica a sua obstinação em inventar um “bailado português”? Desde a controversa aparição no Teatro Novo (1925), ao sucesso dos anos 20 e 30 – no Teatro de Revista, nos seletos recitais de dança, nas embaixadas culturais do SPN e nas digressões internacionais – transparece uma vida absorvida pela dança. Francis, o Estado Novo e o Verde-Gaio servem-se reciprocamente numa relação de forças desigual em que Francis é, a um tempo, figura colaborante e em contracorrente, paradoxo trágico ao qual sucumbe.
Os mais de 120 anos passados sobre o nascimento de Francis revelam-nos uma personalidade luminosa e atormentada, genial no improviso inventivo mas tenazmente disciplinada. Rememorá-lo é fazer jus a uma figura seminal da dança em Portugal e é entender, também, as linhas invisíveis que ligam a dança portuguesa de ontem à de hoje."
Datas: 20 de outubro a 30 de dezembro de 2023
Local: Teatro Municipal Joaquim Benite, Almada (Ver no Google Maps: https://maps.app.goo.gl/epoRfWvxpJGriszn8 )
Mais informações:
-Site: https://ctalmada.pt/francis-graca-danca-esplendor-e-sombras/
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